Bem, dividi o dia em períodos visto a distância dos locais planejados para visitar.
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Manhã: Peguei o metro (30 minutos do centro) e fui ao estádio Alianz Arena. Este campo foi construído pelo Governo para a copa do mundo de 2006. Hoje abriga jogos dos Bayer de Munique e TSV 1860. Peguei um TOUR com alemãs. O guia não falava Inglês. De 40 minutos escutando, só consegui entender 4 coisas:
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* Que o campo comporta 66 mil pessoas;
* Que custou 340 milhões de Euros;
* Que a abertura da copa de 2006 foi realizada neste estádio
* Que o material que cerca a Arena é feito de um plástico super fino, porém resistente. O guia tinha um pedaço na mão e pediu para alguém tentar rasgar. Ninguém conseguiu.
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No entanto, para o mais importante, eu não precisava do guia. Queria apenas observar os detalhes do estádio. O campo é um deboche. Tecnologia pura. Totalmente coberto. Possui um mecanismo que, quando acionado, fecha o teto. Terminei o passeio tomando em cerveja. Fazia 32 graus.
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Allianz Arena- Vista de quem chega do metrô
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Tarde: Tomei um trem para uma cidadezinha vizinho chamada DACHAU. Aqui foi construído o primeiro campo de concentração nazista. Passaram por aqui mais de 200 mil pessoas. Destes, 30 mil morreram neste local. Muitos partiram deste campo para outros e também morreram. Quando os Americanos por aqui chegaram, só existiam 32 mil pessoas no campo.
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Pessoal, o clima é PESADO mesmo. Na entrada tem uma frase que é indignante: “O Trabalho Liberta”, pelo que entendi, a idéia era colocar na cabeça dos prisioneiros que, quanto mais eles trabalhassem, mais rapidamente eles seriam libertados. As fotos mostram que os prisioneiros trabalhavam cortando pedras, árvores, entre outros, que, posteriormente, eram utilizados na construção de novas “alas” dentro do próprio campo ou em outros locais.
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Hoje todo este local é um museu. Da primeira a última sala é mostrado detalhadamente o que aqui aconteceu. É possível encontrar fotos, vídeos, papeis, fardas dos soldados, roupas e objetos utilizados pelos prisioneiros, camas, mesas, etc. Todos respeitam esse lugar. Ninguém faz barulho, inclusive as crianças.
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O ponto alto (ou melhor, mais repugnante) é a sala da câmara de gás. Os prisioneiros “eram informados que eles iriam tomar apenas um banho com água que cairia do teto”. Meus Deus, que horror. Depois de mortos os cadáveres eram incinerados em crematórios logo ao lado.
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Amigos(as), nessa sala eu presenciei uma sena de emocionar. Uma velhinha, de uns 80 anos, numa cadeira de rodas, começou a chorar. Ela gritava o nome de uma pessoa. Acho que era “Yacobs”. O clima ficou tenso e todo mundo saiu da sala. Só ficaram a velhinha e um acompanhante (neto??) que tentava acalmar a senhora.
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Bem, neste passeio ficou claro para mim que o povo Alemão tem vergonha dos seus antepassados. É notório isso. Mas, gostei bastante de ver os pais explicando para seus filhos os acontecidos durante este período. Vale lembrar que muitos dos nazistas estavam “cumpriam ordens”, ou seja, era um trabalho que seus superiores lhes impunham. Alias, aprendi uma coisa que eu não sabia. Em vários campos de concentração morreram alemães contra o regime de Hitler. Além disso, os próprios soldados capturados pelos Soviéticos e Americanos provaram do seu “próprio veneno”, ou seja, foram presos e passaram meses nestes campos de concentração. Muitos deles morreram.
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Portão de entrada e a mentira:" O trabalho liberta"
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Noite: Minha intenção era ir para o “Englecher Garter”, maior parque urbano do mundo, e tomar uma cerveja, apreciando o cotidiano dos alemães no final do dia. Porém, o astral da tarde no campo de concentração MATOU minha vontade. Decidi então ir para a praça MariensPlatz, jantar e retornar para o hotel. Bem que eu fiz. Assisti a quase 45minutos de um show de rua de um grupo de músicos dinamarqueses digno de Teatro. Eram 4 pessoas com os seguintes instrumentos: 2 Violinos, 1 Vilãocelo e 1 flauta. Fantástico! Ao redor, mais de 100 pessoas. Várias músicas clássicas conhecidas (Mozart, Bethoven, Verdi e até Villa Lobos). Deixei uma singela “ajuda” de 5 euros e voltei para o hotel feliz, por volta das 22hs. (Pena que eu esqueci máquina/filmadora)
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Amanhã será dia dos Museus. Tem vários importantes aqui. Além do mais, no domingo as entradas são a preços simbólicos (1 euro).
VEJA FOTOS COMPLETA DO DIA AQUI
DIA ANTERIOR - PROXIMO DIA
Muito Legal, Luci!!!Está ficando cada vez melhor o seu diário!!!bjs e aproveita!!!Ah, o Figueira fez o maior vexame hj...Ainda bem que não visse!!!bj Denise e Paulo
ResponderExcluirVexame mesmo quem fez fui eu, estava caminhando na rua Conselheiro Mafra hoje à tarde procurando presente para o dia dos pais... e adivinhem só, entrei na loja licenciada do AVAÍ para perguntar aonde ficava a loja do FIGUEIRA... heheheheh, mas que MIIICO...
ResponderExcluirCara!!! Aproveitando o dia dos pais kero pedir procê me mandar um manual com instruções de como fazer um "LUCAS"... Um brinde ao teu dia!!! HAI PROST!!!...
Abração e durma bem!!! Rê.
Luci! tudo bem? Estamos aqui, Mauro e Miriam tentando te apoiar e a assimilar a duresa da história dos Judeus vitimas de um sistema diabólico, durante a segunda guerra mundial.É difícil entender a real intenção da animalidade por parte do povo Alemão. Que sirva, pelo menos, de exemplo para as próximas gerações.
ResponderExcluirComentário + alegre:
ResponderExcluirEm 1727, em Glosberg (Alemanha),uma estátua da Virgem Maria verteu lágrimas de sangue por três vezes. Em 1745, em Bruchhansen tambem Alemanha, aconteceu o mesmo fato e ainda hoje esta imagem é venerada como: REFÚGIO DOS PECADORES. Em Salem, Endigen, em Heede, todas na Alemanha.Na Hungria também um soldado fanático, enquanto o povo rezava, entrou na igreja e arremessou sua lança contra a imagem da Virgem Maria.Esta, logo que atingida,começou a verter lágrimas de sangue. Existem muitos outros casos pelo mundo inteiro.È sempre a mãe que tenta convencer os homens de que é necessário se converter para alcançar a salvação eterna. Verifique se possilvel.
Mauro e Míriam
Amigo, parabéns pelas belíssimas fotos; parabéns pela precisão e objetividade dos relatos, que nos dão uma noção muito boa de como são os locais por onde você passa. Quem lê, tem a impressão de estar viajando com você. Uma verdadeira aventura!
ResponderExcluirRenato BPMRv
Grande zero!
ResponderExcluirEstava lendo a parte do primeiro campo de concentração, e o que você narrou é exatamento o que um colega de trabalho meu contou dias atrás. Ele fez esse passei e disee: "O lugar consome a gente! Saímos de lá sem vontade de fazer nada...!"
Coisa linda Luciano!
Está um pouco difícil de acompnhar o Blog, mas quando posso, dou uma olhada!!
Sorte e fique com Deus!
Abração.
Jorge Turatti