segunda-feira, 11 de abril de 2011

Noite de U2 para não esquecer.

Pessoal, neste domingo (10/04), eu, Lucas, Thiago e Jorge, tivemos o prazer de assistir a maior turnê musical de todos os tempos. Segundo a revista americana Billboard, a banda irlandesa U2, com sua turnê 360º, neste domingo em São Paulo, quebrou a barreira de renda e publico que pertencia aos Rolling Stones. Mais de  US$ 558 milhões arrecadados e mais de 7 milhões de entradas vendidas. Ou seja, hoje fizemos parte de história (mais ou menos assim: Eu estava lá!!).


Mas, o objetivo aqui é falar da experiência e emoção que foi o show. Vamos quebrar em capítulos:

No caminho do Estádio: O show iniciava as 19:30h. Saímos do hotel por volta das 17:30h. Neste momento desabou um pé d’agua. Já começamos a ficar preocupados. No caminho, compramos 4 providenciais capas de chuvas (R$ 5,00 cada – super barato). Como o Morumbi é um estádio bem localizado e com várias vias de escoamento de trânsito, (algo primordial para um local de grande concentração de público – meus amigos avaianos que me perdoem), chegamos nas redondezas por volta das 18h. Deixamos o carro a uns 1.000 metros do Estádio e fomos caminhando (aqui vai uma dica para quem vai para grandes eventos.... não deixe o carro tão próximo). A chuva já havia diminuído e estava apenas aquela tradicional “Garoa de Sampa”

Entrando no Estádio: Para nossa surpresa não havia aquele tumulto todo. A organização trabalhou bem. Portões de acesso bem sinalizados e estruturas metálicas em zigue-zague que organizavam a fila. Nada de alvoroço. Bem tranqüilo.

Dentro do Estádio, antes do show:  Nosso ingresso era na Pista. Ao avistar o gramado e encontrar a mega estrutura do palco já ficamos de queixo caído. O show 360º imita uma aranha com 4 patas. O palco fica no centro e se move 360 graus. Ou seja, privilegia todas as pessoas e todos os espaços do estádio. O gigante telão existente no topo da estrutura faz com que todos possam apreciar o espetáculo de longe. Ficamos na entrada do campo, numa parte coberta, tomando aquela Heineken...


Abertura do Show com a banda Muse: Nunca ouvíamos falar da tal banda. Lá pela 19:40h iniciava o barulho. Muse é uma banda de rock britânica, formada por 3 integrantes: Matthew Bellamy (vocal, guitarra e piano), Christopher Wolstenholme (baixo, voz secundária e teclado) e Dominic Howard (bateria e percussão). O estilo de Muse é um misto de vários géneros musicais, incluindo rock alternativo, música clássica e eletrônica. Pessoal, aqui mais uma grata surpresa. A banda é muito boa. O som é legal e os caras tem um gás impressionante. Tocaram por cerca de 40 minutos. Com certeza vamos ter que conhecer melhor o repertório (ou seja, baixar de internet free).



O Show:  Passava das 21:15h quando a U2 entrou no palco. A platéia alucinada acompanhava no telão a caminhada dos músicos até o Palco.... O coração começava a palpitar...


De início, algumas músicas mais agitadas para, literalmente, levantar a galera. A emoção aumentava...Os efeitos no palco são surpreendentes..... O visual no telão é sensacional (estávamos a cerva de 150 metros do palco). Passando algumas músicas menos conhecidas, começam a surgir os grandes sucessos.... Beautiful Day, I Still Haven't Found What I'm Looking For, Vertigo, Sunday Bloody Sunday, Stay, City Of Blinding Lights, In a Little While, Elevation e por aí foi…..


Ainda sobre as músicas, algumas delas proporcionaram os melhores momentos do show. São elas:

Miss Sarajevo: Nesta música, originalmente cantada em parceria com Luciano Pavarotti, Bono emocionou a platéia ao cantar o trecho que era do amigo. Puxou lá no fundo o vozeirão do tenor italiano, além das imagens da guerra na Iugoslávia que passava no telão. Particularmente as seguinte estrofe é de arrepiar: Dici che il fiume, Trova la via al mare, E come il fiume, Giungerai a me (Você diz que o rio, Encontra seu caminho para o mar, E assim como o rio, Você virá para mim)



One:  O início da música é precedido por um discurso do bispo Sul Africano Desmond Tutu. Ela comenta a ajuda à África e à Campanha One, pela erradicação da pobreza e da AIDS, O discurso está abaixo:

As mesmas pessoas que marcharam pelos direitos civis nos Estados Unidos são as mesmas pessoas que protestaram contra o apartheid na África do Sul, que são as mesmas pessoas que trabalharam para a paz na Irlanda, que são as mesmas pessoas bonitas que eu vejo quando olho em volta deste lugar hoje à noite na turnê em 360 graus. Nós somos aqueles povos. Nós somos a mesma pessoa. Porque nossas vozes foram ouvidas por milhões de nossos irmãos e irmãs que estão vivos graças ao milagre dos remédios da AIDS e remédios contra a malária. Ahhhh! Estes irmãos serão os médicos, eles serão os enfermeiros, eles serão os cientistas que vão viver para resolver grandes problemas. Sim, há muitos obstáculos. Claro, sempre há bloqueios nas estradas no caminho da justiça. Mas, Deus vai colocar um vento na nossa volta e uma estrada que vai em frente, se trabalharmos pelo outros como apenas UM ... UM!


Pessoal, quando terminou o discurso, era só olhar pro lado e ver as pessoas se emocionando.... Daí começa a música com a letra mais bonita ainda.. A melhor parte é esta: Nós somos um, mas não somos iguais. Temos que carregar uns ao outros, carregar uns aos outros.

E o show continuava com mais um monte de música... A certa altura Bono dá um discurso e confessa a química que a banda tem com o Brasil. Consideram nosso País como um dos melhores lugares que eles já tocaram...Que nós não somos mais o País do Futuro e sim do Presente. Que, independente de governantes, nos ultimos anos, temos crescido muito no cenário mundial. Imaginem.... o estádio veio abaixo....

Lá no final, depois de uns 3 BIS, a banda entra no palco e solicitam as rezas de todos o prol dos pais e mães que perderam seus filhos na tragéfia do Rio de Janeiro. Emocionante!!!!... A música rola e o show acaba, depois de 2:15, já passando das 23:30h

Termina o Show: Saímos do Estádio no único ponto de gargalo da noite. Mesmo assim, em 15 minutos, já estávamos fora do Estádio. Caminhamos até nosso carro. Pegamos uma filha de mais uns 10 minutos e, por volta das 00:15 já estávamos no hotel (claro, ouvindoU2 no CD do carro e todo mundo falando repetidas vezes: Foi muito massa!!!!)

Conclusão:  Pessoal, ao final, nós estávamos em êxtase. Todos foram unânimes: O melhor show de nossas vidas. Tudo deu certo. Até São Pedro ajudou, parando a chuva na hora do show. U2 é a maior banda do mundo da atualidade. Pelo andar da carruagem, vai se tornar na maior banda do mundo de todos os tempos. Os caras são feras. A maioria das músicas tem algum apelo social ou sentimental.
A preocupação não é apenas só tocar, mas oferecer um grande espetáculo (som, imagem, ritmo, animação, sinergia, etc).

Por fim, fico com a frase do meu amigo Jorge (vulgo Chapecó) que sintetizou o que sentimos: Parece que a música do U2 nos lava a alma. Um sentimento de bem estar interno.

Abaixo uma visão palco, gramado e arquibancadas, antes do show.


Abaixo a galera pulando na música Elavation.

2 comentários:

  1. Se o U2 lava a alma é porque nao conhecem o Roy Orbison, ehauehuaeaueuaeuhae......certo Tany!??! Esqueceram de dizer que não se pode ficar "sarniando" os amigos horas antes do show....da próxima vez, me banquem o ingresso (tô quebrado, sou trainee) que vou junto.....tirando as brincadeiras, muito massa...quem foi, foi....

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  2. Jorge Turatti (Chapecó)12 de abril de 2011 às 13:50

    Cara, me emocionei lendo o blog e lembrando dos momentos do show! ALUCINANTE! e olha que eu ja havia assistido outro show dos caras...
    Quanto ao Roy Orbison... é o cara! uhauauahua
    Altas trip Zero, altas trip...
    Chapeca.

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