13º dia – Mais Beatles em Liverpool e um Show impressionante do Coldplay e Manchester

Liverpool:

Domingo, acordei cedo e fui à missa!!!!. Isso mesmo. Dediquei 1h do início do domingo para conhecer as duas maiores igrejas de Liverpool.

Comecei pela Catedral Metropolitana do Cristo Rei. É uma catedral nova, moderna, em formato circular e, no seu topo, um espécie de coroa de espinhos. Foi inaugurada em 1967. Por dentro, ela é linda. A luz do sol penetra pelos seus diversos vitrais azuis deixando a igreja bem iluminada. Possui diversas salas auxiliares e um grande salão principal. Peguei o início da missa das 8h numa sala auxiliar. Rezei um pouquinho e tirei algumas fotos do local. Vale à pena conhecer.

Por volta das 8:45h cheguei a Catedral Anglicana. Em estilo gótico, é a maior igreja anglicana do mundo. Construída em arenito vermelho, a pedra fundamental foi colocada em 1904 e só foi terminar a construção em 1974 (imagine, 70 anos de construção!!). Porém, houve duas guerras no meio que fizeram a construção demorar. Por dentro também é muito bonita. Ao lado tem um cemitério no jardim meu assombroso.

Já passava das 9:30h quando cheguei ao Arco Chinês. Aqui é o início da comunidade asiática na cidade. Legalzinho, nada demais.

10:15h e estava chegando ao museu dos Beatles, no Porto Albert Dock. 12 libras para entrar. Mais ou menos são as seguintes atrações: Infância do quarteto; Início da carreira em Hamburgo (É, eles fizeram um mini sucesso primeiro na Alemanha com outro nome de banda); Passagem pelo The Cavern Club; Ascensão meteórica em 1963 nos EUA; etc.

Tem uma seção especial dedicada a Johh Lennon e para a música Imagine. É emocionante. A musica tocando e o piano ao fundo, com a letra para vc ler e entender. Que sonhador era este cara!!. Pena que, nos dias de hoje, boa parte do que ele “sonhou” ainda não acontece. (Um mundo em paz!!!!).

Por fim ainda tem um cineminha 4D bem simplesinho, mais engraçado. Dos Beatles era isso.Pena que durou pouco tempo (A ultima aparição dos 4 de Liverpool foi em 1969, ou seja, de 1963 a 1969).

Já passava das 12h quando fui para a estação de trem. O horário de saída para Manchester era 12:55h. Comei algo pelo caminho e embarquei tranqüilo. 

Manchester:

Cheguei a cidade mãe da revolução industrial (aqui começou tudo, com as fábricas de fiação de algodão) por volta das 14h. Um dos meus objetivos finais da viagem estava aqui. Ir ao Show do ColdPlay. Tinha comprado o ingresso no Brasil, porém tinha que retirar na bilheteria. O horário do show no site estava estipulado para 17h.

Desta forma, deixei as coisas no hotel (aqui tem uma história depois) e fui para o local do Show. Como era muito distante, peguei um daquele taxis tradicional preto (5 libras).

O Show – Parte 1 – Uma longa espera:

Cheguei na porta do Etihad Stadium as 15h. Estranhei, pois havia pouco movimento. Passei na bilheteria e peguei o ingresso (estava com medo de ter comprado gato por lebre). Tirei algumas fotos do local.

As 15:15h começou a se formar uma fila.E entrei nela. Eles só foram abrir o portão 16:45h. Vão contando aí, 1:30h de pé.

Entrei no campo e fui lá pra frente, há uns 5 metros do palco, todo animado. Esperei um pouquinho e nada. Já passava das 17:45 e eles passaram distribuindo uma pulserinha transada. Conta aí, mais 1h de pé. Lá pelas 18:45 apareceu no telão uma mensagem que aquela pulseirinha fazia parte do show e que algumas luzes iriam acender automaticamente a noite. Mais 1 hora de pé. Estava estranhado, pois já passava das 20h e o campo estava meio vazio. Mais 1h de pé.

Foi aí que “caiu a ficha”. Pulseira para noite, na Europa? Aqui anoitece às 22h da noite. As 17h era a abertura dos portões e não o show. Fiquei indignado e sai daquele lugar perto do palco e fui lá para arquibancadas, tomar uma cerveja e comer algo dar uma esticada nas pernas.

Exatamente as 20:30h ,começou os shows de abertura. Todo mundo correu pra lá (eu também). Porém, só conseguir chegar a uns 100 metros do palco (e eu estava a menos de 5m – rsrs);

O primeiro show auxiliar durou 20 minutos. Uma tal de Rita Ora tocou (eu não conhecia). Nada de mais. Uma espécie de Rihana piorada.  Depois, mais 40 minutos com outra cantora desconhecida chamada Robin. O povo começou a se agitar, pois a música era puramente eletrônica. Também não achei nada de mais.

Já passava das 21:30h quando começaram a preparar o palco para o show principal. Ele  começou às 22h em ponto. Em resumo, aproximadamente 7h de espera e quase tudo DE PÉ. Para quem me conhece, ficar parado em pé muito tempo acaba com minha coluna. Quase sempre me dá uns pire-paque, certo Caju???

O Show – Parte 2 – A recompesa

Comecou o show já anoitecendo, as 22h. A turnê é nova, do disco Mylo Xyloto (aquém tem uma monte de música boa – Paradise, Every Teardrop Is a Waterfall, Hurts Like Heaven, etc). A entrada meteórica da Banda foi qualquer coisa de cinema. Fogos de artifício, papel picado colorido e tal da pulserinha a piscar. Mais uns 3 minutos e os caras começaram a jogar uma centena de bolas coloridas para a galera e mais papel picado, tudo ao som Alucinante... Eu pulava que nem doido, junto com a galera que sacudia. Na sequencia, um monte de música conhecida que matou a pau.

Pessoal, na dá para contar mais, só vendo o vídeo abaixo....Chapecó e Thiago, chegou a quase bater o show do U2 em Sampa. Diria que foi parelho.

O show terminou as 23:45h. Minhas costas e pernas estavam em trapos. Quase não conseguia andar. Ainda esperei mais 1h para pegar o ônibus e chegar no hotel. Fui dormir já passava as 2h. Depois de tudo isso só posso dizer que VALEU A PENA todo o esforço até agora (um dos motivos da viagem foi cumprido). O show vai ficar pra sempre em minha memória.
.
SOBRE O HOTEL: Ahhhh. Já ia mês esquecendo. O tal hotel (de nome Reambrant) ficava numa região de GLS – Gay Vilagge - Quando reservei achava que era Green Vilagge). Era o mais perto da estação de trem. Só que não imaginava que o hotel + boate era tão ruim. 
.
Quando cheguei para fazer o checkin (domingo, 14h) tinha um monte da gay no bar. Falei com o atendente, também gay, que me levou no quarto e deu as instruções. Ao final, me perguntou: Vc precisa de programa parta hoje a noite? Quase mandei ele pra aquele lugar. Respirei e disse apenas que ia para o show do Coldplay e vazei.
.
Quando retornei, depois do show, lá pelas 1:30h, estava rezando para aquele bar estar fechado. E estava... Todo mundo trabalha aqui na 2ª feira pela manhã. Sorte minha, certo? Errado. Para entrar no hotel eles me deram a chave da entrada principal e um código em números para abrir a porta do meio quarto (C34532). A entrada no prédio foi tudo legal. Porém, ao digitar o tal número, nada... Tentei umas 10 vezes e não funcionava. Fui na portaria e não tinha ninguém lá. Bateu o pânico. E agora, o que fazer? Procurar outro hotel naquela região de gays, quase 2h da manhã? Dormir na porta do quarto? 
.
Subi novamente e tentei mais uma 5 combinações e nada. Pelo corredor, só escutava alhuns gemidos (Meu Deus). Na ultima vez me lembrei de ver se não tinha algo diferente nos números da chave (papel, escrito a mão) e do cadeado da porta (era um teclado, onde eu digitava letras e números). Vi que tinha um “Z” parecido com 2. Daí eu digitei  (C3453Z) e, para ,minha sorte, FUNCINOU.... Consegui entrar no quarto, morto, suado.  Agora, só um banho quente para relaxar, certo? Errado: A “Porra”do chuveiro na funcionava a água quente, além disso, cada vizinho que abria a torneira fazia um barulho danado.  Meu Deus, que hotel. Dormi sujo mesmo. No outro dia fui tomar um banho quente no banheiro do corredor. Fiquei de armar barraco lá na recepção com os Gays, mas, decidi partir... vai que..... 
.
Era isso. Um grande dia, que iniciou com Rock and Roll em Liverpool e terminou com ele em Manchester, com algumas barreiras pelo caminho que, como diz meu amigo Miguel: FAZ PARTE!!!!