sexta-feira, 1 de junho de 2012

4º dia – Nas pegadas de Monet e a chegada ao Vale do Loire.

Acordei às 8h da manhã para arrumar a mochila (parece que as roupas cresceram. Quase não fechou).  As 9h foi tomar aquele café de 3 Euros no MacDonalds. O dia hoje estava foi dedicado para duas atividades:

1 - Desbravar Claude Monet:  Monet foi um dos mestres do Iluminismo na área da pintura, inserindo a natureza, a simplicidade, as paisagens, tudo no centro das telas. 
  

Comecei em Paris a entender um pouco mais da pintura deste artista. Fui ao museu Orangerie , onde nele está exposta um conjunto de obras do artista chamadas As Ninféias. Não são uns quadrinhos não. São 8 telas gigantes, divido em 2 salas ovais.


Ele demorou quase 30 anos para terminar esta obra. O seu objetivo era dar a dimensão de “infinito/continuidade” quando olhássemos para as telas. E parece que ele conseguiu. Hoje, estas obras estão entre as mais caras do mundo.



 Além de Monet, no museu ainda tem uma série de pintores famosos, como Renoir, Picasso, Degas, Modgliani, etc. Elas fazem parte de uma exposição permanente de dois ricaços da França (Tipo assim: Guarda minhas obras aí na sua dispensa).


 Quanto a museus, quem vai para Paris, sempre se lembra do Louvre. Porém, para quem gosta de Pintura, recomendo os museus Orangerie  e D’orsay .

Já passava das 11h quando retornei para o hotel para pegar as malas e ir para o aeroporto.  Eu aluguei um carro que tinha como ponto de partida/entrega este local.

Pausa: Acabei pegando o trem errado e perdi uns 30 minutos (na verdade, não percebi que uma linha de trem poderia ter dois pontos finais). Logo, aí vai mais uma dica para andar de trem/metro: Veja sempre a linha final para o lado que vc quer ir. Além disso, olhe se a plaquinha que vem na frente do trem/metro é aquela que vc deseja.
Além do atraso, foi difícil de achar a locadora e também sair do aeroporto. Ao final, 1 hora fora do script.


Bem, depois que o GPS me colocou na rodovia certa, segui em direção a casa de campo de Monet. Ele morou por vários anos na cidadezinha de Giverny (90 Km de Paris). Lá, ele construiu os famosos Jardins de Monet.  Pessoal, é surreal. As cores e cheiros das flores, o lago com suas vitórias regias, a mansão do pintor,  tudo estava lá, intactos, para todos poderem perceber o quanto este local foi importante pra ele. Em todas estas viagens, acho que foi o lugar mais bem cuidado que visitei. Nesta cidade e com este jardim ele pintou as tais “As ninféias” que estão em Paris. Pintou ainda mais de 30 quadros famosos.









Ahhh, estava me esquecendo: O cinema já esteve por aqui também. Lembro do ultimo filme do Wood Wallen – Meia Noite em Paris, onde o ator principal trouxe sua amada (uma patricinha) até este local para tentar inspirar seu romance. Porém, a mulher só queria saber de shopping.  Teve uma novela da globo, que não me lembro o nome, aquela da atriz que ficou tetraplégica. O marido e ela estiverem aqui. Em resumo, para quem gosta de pintura, é imperdível. Para quem não é chegado, vale a pena pela tranqüilidade que o lugar transmite.



2 - Vale do Loire: De Giverny segui viagem para Blois (pronuncia = bloá). Esta cidade é a porta de entrada para conhecer este vale (pronuncia  = vale de la lur). Pessoal, esta região já foi o centro da coroa Francesa. Os reis e rainhas por aqui estiverem no período conhecido como Renascença e construíram diversos Castelos. Os puxa-saco da Coroa Francesas (burgueses –m duque, conde, etc), também vieram na carona e construíram seus castelinhos também (tudo para ficarem perto dos monarcas).  Em resumo, são mais de 300 castelos na região. Esta gastança toda fez a França quase falir. Grande parte deles atualmente são tombados pelo Patrimônio Histórico Frances e estão abertos para visitação. Ou seja, vcs vão ver nas fotos: São obras gigantescas;

Pausa, e das bem grandes:

As rodovias dos Franceses são espetaculares. Todos grandes, quase sempre com 3 pistas para ir e 3 para vir. Em grande parte o limite de velocidade é de 130km/h. O carrinho que peguei chegou a andar a 140km/h. Levei 2:30 para percorrer 260 Km, isso perdendo uns 30 minutos de engarrafamento na região de Paris (era 6ª feira, final do dia).

Nestas rodovias eu me vi mal. Em grande parte delas o pedágio são como os nossos,  com uma pessoa cobrando a passagem naquelas cabines.  No entanto, quando entrei na rodovia A10 (quase 100 Km rodado nela), ao passar pelo pedágio de entrada, não tinha ninguém. Apenas uma maquininha onde vc apertava um botão e saia um cartão de papel. Pensei comigo:  

Que legal, lá na frente, no momento da saída da A10, vai ter um funcionário que vai ver quantos Km eu percorri e cobrar apenas o uso. Maravilha, certo?

Errado. Quando cheguei lá no momento da saída, tinha umas 8 cabines: 4 com o esquema de pagamento eletrônico/mensal (idem ao nosso), 3 com uma placa de “cartão” e 1 bem chinfrim que não tinha fila. Mirei bem e fui direto naquela do “cartão”:  Pessoal, quando cheguei ali notei que não tinha ninguém na cabine. Olhei pro carro da frente e vi o movimento dele: Colocou o cartão de papel e, na seqüência, o cartão de crédito e foi embora.  Pensei:

Moleza, menino precavido, eu estava com 2 cartões de crédito, certo?....

Errado. Para meu azar só aceitava cartão de débito. Só fui perceber isso depois que fiquei tentando umas 5 vezes como o meu cartão de crédito.... Atrás de minha, já uns 10 carros buzinando. Meus Deus !!!! Bateu um pânico.... Sai do carro e pedi pro cara de traz dá uma rê para eu encostar no estacionamento e chorar... O pior foi olhar para trás e quase todos os carros tiveram que dar rê também... Todo mundo me xingando... Como sempre, usei aquela máxima: 

Perdon hermano, soy argentino.

Bem, encostei  o carro no estacionamento, imaginando uma forma de passar por aquela barreira. Fiquei percebendo o movimento... Tinha que ter uma saída.... Foi quando eu vi um Fiat Uno bem velhinho passar lá naquela cabine que não tinha ninguém, aquela chinfrim, lembram?. Percebi que o cara tinha colocado uma nota de euro e a cancela abriu....

Foi minha salvação!!!! Liguei o carro e fui pra lá... Botei meu ticket na máquina. Ela informou que o valor era de 11 euros. Botei uma nota de 50 euros. Para minha surpresa, ainda tinha mais desgraça: Ela cuspiu para fora 39 euros em MOEDA. Meu são Gerônimo, e agora?. Tive que sair do carro para juntar toda aquela moeda, pois pesava, sem brincadeira,  mais de uns 2Kg ... Uffa... Passei... Menos mal, deu tudo certo. Cheguei ao hotel as 20:45h.

Voltando a cidade de Blois, ela será meu QG para desbravar os chatôs da vale, pois é uma das cidades com mais infra da região. Nesta própria cidade foi construído o primeiro castelo do vale do Loire. Aqui a família real Francesa morou uma parte do tempo.




Sabia que havia um tal de show de luzes e sons dentro do chatô (aqui, é um quadrado, uma fortaleza). Começava somente as 22:30h (a noite aqui é só depois das 22h). Estava com tempo, então fui bater uma fotinhos na região perto do chatô.



 Pessoal, quanto ao show, é impressionante. Para me expressar, fiz o vídeo abaixo (aumenta o som). É de uma riqueza e emoção sensacional. Em resumo, as pessoas ficam no meio castelo e um monte de tecnologia de imagens projetando parte da história da família real aqui em Blois nas paredes chatô, além do som. É como um cinema a céu aberto. Com certeza uma das melhores partes da viagem. É de arrepiar.. Tem pontos que fala sobre assassinato e fantasmas no castelo.





Era isso, amanhã tem mais dois chatôs.

Fotos do dia click aqui

5 comentários:

  1. Realmente o Jardins de Monet são surreais...hummmm boiola ahahaha ...é bom tu ir fazendo essas cagada pra viajar com a gente mais esperto (isso que os Rampinelli não foram) hahahah(Otto e Sabrina)

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  2. Pois é. Estava demorando para alguém fazer este comentário.
    Fazer o que, gosto de de Monet, de Renato Russo, de Cazuza. Mesmo assim, só ponta firme minha amiga....

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  3. Tais culto hem?
    Sho de bola, gostei muito.
    Parabéns.

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  4. cara não parei de rir ainda, com a história do pedágio, SENSACIONAL !! és o pior disparado ...
    Abraço, Caju

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  5. Chefe...chorei de tanto rir com a história do pedágio...fiquei imaginando...o pessoal xingando um argentino..heheh..O show no cható é magnífico.

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