Decidimos então seguir viagem
para Conceição do Jacareí (local mais próximo para fazer a travessia para Ilha Grande),
parando por algumas atrações no caminho.
Lá pelas 8:30h partimos. Nossa primeira
parada foi na Praia de São Gonçalo,
ainda em Paraty, diante uns 30 KM. Aqui a água já era mais limpa, além de
quente (coisa que nas praias próximos ao centro histórico de Paraty é raro
encontrar). Não tomamos banho, apenas tiramos algumas fotos, visto que não
havia nenhuma infra (Ducha para tirar o sal da água do mar).
Dirigimos mais um pouco e, já no município
de Angra dos Reis, paramos na Praia de Mambucaba.
Pelo que entendemos, é uma praia “quase” particular dos funcionários da Eletro Nuclear. Nos deixaram entrar
anotando a placa e nome do motorista. Aqui a infraestrutura já era bem melhor.
Bares, chuveiros, cadeiras, etc. Logo, tomamos um bom banho, com aguas limpa,
clara e quente.
Já passando das 11h chegamos a Usina Nuclear de Angra dos Reis. Tem um
centro de informações onde um funcionário da Eletro Nuclear explica o funcionamento
da usina para gerar energia. Vou tentar explicar o funcionamento, visto que o
negócio é complexo.
Tudo começa na escolha da matéria
prima que vai fazer rodar o gerador para produzir energia. Lembrem, nas usinas hidroelétrica
é a força da água; nas usinas Eólicas é a força do vento; nas termoelétricas é
o carvão.
Aqui em Angra, a matéria prima é
o Urânio, pedra, trazida da Bahia pra
cá que depois é transformada em pó. Ato continuo, este pó para França para ser “enriquecido”,
voltando ao Brasil na forma de gás. Este gás depois é transformado em pequenas pastilhas
que, mais tarde, via fissão nuclear (bombardear átomos), vai gerar vapor que,
na sequência, vai rodar o gerador, produzindo energia. Algo semelhante ao vapor
produzido por uma panela de pressão. Vejam algumas fotos.
O responsável pela explicação,
bem instruído, falava que este processo é extremamente controlado e de baixo
risco. Ai perguntamos porque este tipo de energia era mal visto. Ele falou que
foi mal explicado para a população lá nos anos 80. Disse também que o maior impacto
é que a água do mar é usada para resfriar este processo todo (passando apenas
por fora desta engrenagem, sem contaminação alguma). No entanto, ao retornar pro
mar, aumento a temperatura ao seu redor em torno de 5 graus. Isso causou um
certo desiquilíbrio ecológico no inicio e os ambientalistas caíram de pau.
Ou seja, a explicação do controle
dos riscos parece ter fundamento. Porém, sempre há risco, como o que aconteceu
com o desastre de Fukushima, no Japão,
em 2011, quando um tsunami (ondas gigantes) passou pelas barreiras de
proteção da usina e alagaram a mesma, impedindo o acesso dos Japoneses, fazendo
com os reatores se aquecessem e gerando fissuras nos mesmos, liberando combustível
radioativo. Maiores detalhes em: http://araucb.blogspot.com.br/2011/05/resumo-acidente-nuclear-de-fukushima-i.html
Seguimos o caminho e por volto
das 12h chegamos em Angra dos Reis para almoçar. A cidade em si não tem grandes
atrações. O melhor de Angra são as Ilhas ao seu redor, com praias paradisíacas. Almoçamos no Shopping da Cidade (com espaço para barcos), num
self service sem muita inspiração para comida.
Lá pelas 13h tocamos o carro até
Conceição do Jacareí. Procuramos as alternativas de transporte para travessia
até Ilha Grande. Existem Scuna, Barcos e Lanchas. O que muda entre elas é o
tempo de travessia e o valor. Quanto menor o tempo, mais caro.
Decidimos ir de barco, ao preço
de 25 reais por pessoa, demorando 1h, já pesando das 15:30h. Aqui fica uma
dica. O ideal é vc proteger sua mala com um plástico para não molhar. O barco
balança e as ondas molham o interior. Tivemos que deixar as malas em locais que
batiam pouca água.
Já quase perto de chegar em Ilha Grande
começou uma chuvinha fina. A temperatura esta legal uns 26 graus.
Desembarcamos na comunidade do Abraão
por volta da 16:45h. Aqui não entra
carro. As ruas são de areia (pé no chão mesmo). Então, para malas com rodinha é
bem complicado, ainda mais com chuva e poças d´agua pra todo lado. Logo,
contratamos um serviço de carregador de malas (carrinho com lona) para chegar
até o hotel.
Bem aqui começa a saga da Pousada.
Deixei para reservar a hospedagem muito em cima do laço (em outubro) e só
consegui pousadas menores, com preços já exorbitantes (550 reais a diária),
visto a lei da oferta e procura. Logo, procurei a menos pior e cheguei até a Pousada Colibri. O grande problema é
que as fotos nos enganaram, além delas, fotos, não terem cheiro. A pousada deixava
muito a desejar. O grupo ficou meio em chocado... Mas, paciência, já tínhamos pago
2.200 reais por casal para ficar 4 dias....
Logo, o que combinamos foi...
Ficar o mínimo de tempo na pousada e aproveitar o que Ilha Grade tem de melhor...
a Natureza e suas belas praias.
Deixamos as malas no quarto e lá pelas
18h fomos caminhar pelo centrinho de Abraão, um dos vilarejos cm maior infraestrutura
da Ilha. Batermos perna para ver os
preços do passeios. Chegamos até a parar e assistir parte de uma missa.
Lá pelas 20h fomos jantar.
Pegamos um restaurante panorâmico bem agradável, com preço justo e bom
atendimento. Ficamos por ali umas 3h, afinal, voltar para pousada pra que?
Lá pelas 23 regressamos para pousada.
Eu e Dani fomos dormir. Otto e Sabrina ficaram na Internet.
E tinha mais.... Dani e eu
acordamos lá pela 1h da manhã com um casal botando sol e jogando baralho.
Estava insuportável. Tive que pedir pra eles baixarem o som (atenderem sem problema). Voltamos a dormir..... Enquanto isso,
Otto e Sabrina dormiam como pedra, sempre acompanhado de seus comprimidos de
Lexotan.
Era isso por hoje. O tempo ainda
está feio na região... Nublado e com chuva. Amanhã vamos começar a desbravar
Ilha Grande.
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