quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

4° dia – Partida de Paraty e chegada em Ilha Grande, com decepção em Pousada.

O de hoje estava programado para realizar um passeio de barco pelas famosas escunas de Paraty. No entanto, o dia amanheceu fechado e chuviscando.

Decidimos então seguir viagem para Conceição do Jacareí (local mais próximo para fazer a travessia para Ilha Grande), parando por algumas atrações no caminho.

Lá pelas 8:30h partimos. Nossa primeira parada foi na Praia de São Gonçalo, ainda em Paraty, diante uns 30 KM. Aqui a água já era mais limpa, além de quente (coisa que nas praias próximos ao centro histórico de Paraty é raro encontrar). Não tomamos banho, apenas tiramos algumas fotos, visto que não havia nenhuma infra (Ducha para tirar o sal da água do mar).






Dirigimos mais um pouco e, já no município de Angra dos Reis, paramos na Praia de Mambucaba. Pelo que entendemos, é uma praia “quase” particular dos funcionários da Eletro Nuclear. Nos deixaram entrar anotando a placa e nome do motorista. Aqui a infraestrutura já era bem melhor. Bares, chuveiros, cadeiras, etc. Logo, tomamos um bom banho, com aguas limpa, clara e quente.






Já passando das 11h chegamos a Usina Nuclear de Angra dos Reis. Tem um centro de informações onde um funcionário da Eletro Nuclear explica o funcionamento da usina para gerar energia. Vou tentar explicar o funcionamento, visto que o negócio é complexo.




Tudo começa na escolha da matéria prima que vai fazer rodar o gerador para produzir energia. Lembrem, nas usinas hidroelétrica é a força da água; nas usinas Eólicas é a força do vento; nas termoelétricas é o carvão.


Aqui em Angra, a matéria prima é o Urânio, pedra, trazida da Bahia pra cá que depois é transformada em pó. Ato continuo, este pó para França para ser “enriquecido”, voltando ao Brasil na forma de gás. Este gás depois é transformado em pequenas pastilhas que, mais tarde, via fissão nuclear (bombardear átomos), vai gerar vapor que, na sequência, vai rodar o gerador, produzindo energia. Algo semelhante ao vapor produzido por uma panela de pressão. Vejam algumas fotos.



O responsável pela explicação, bem instruído, falava que este processo é extremamente controlado e de baixo risco. Ai perguntamos porque este tipo de energia era mal visto. Ele falou que foi mal explicado para a população lá nos anos 80. Disse também que o maior impacto é que a água do mar é usada para resfriar este processo todo (passando apenas por fora desta engrenagem, sem contaminação alguma). No entanto, ao retornar pro mar, aumento a temperatura ao seu redor em torno de 5 graus. Isso causou um certo desiquilíbrio ecológico no inicio e os ambientalistas caíram de pau. 

Ou seja, a explicação do controle dos riscos parece ter fundamento. Porém, sempre há risco, como o que aconteceu com  o desastre de Fukushima, no Japão, em 2011, quando um tsunami (ondas gigantes) passou pelas barreiras de proteção da usina e alagaram a mesma, impedindo o acesso dos Japoneses, fazendo com os reatores se aquecessem e gerando fissuras nos mesmos, liberando combustível radioativo. Maiores detalhes em: http://araucb.blogspot.com.br/2011/05/resumo-acidente-nuclear-de-fukushima-i.html


Seguimos o caminho e por volto das 12h chegamos em Angra dos Reis para almoçar. A cidade em si não tem grandes atrações. O melhor de Angra são as Ilhas ao seu redor, com praias paradisíacas. Almoçamos no Shopping da Cidade (com espaço para barcos), num self service sem muita inspiração para comida.




Lá pelas 13h tocamos o carro até Conceição do Jacareí. Procuramos as alternativas de transporte para travessia até Ilha Grande. Existem Scuna, Barcos e Lanchas. O que muda entre elas é o tempo de travessia e o valor. Quanto menor o tempo, mais caro. 


Decidimos ir de barco, ao preço de 25 reais por pessoa, demorando 1h, já pesando das 15:30h. Aqui fica uma dica. O ideal é vc proteger sua mala com um plástico para não molhar. O barco balança e as ondas molham o interior. Tivemos que deixar as malas em locais que batiam pouca água.




Já quase perto de chegar em Ilha Grande começou uma chuvinha fina. A temperatura esta legal uns 26 graus.

Desembarcamos na comunidade do Abraão  por volta da 16:45h. Aqui não entra carro. As ruas são de areia (pé no chão mesmo). Então, para malas com rodinha é bem complicado, ainda mais com chuva e poças d´agua pra todo lado. Logo, contratamos um serviço de carregador de malas (carrinho com lona) para chegar até o hotel.

Bem aqui começa a saga da Pousada. Deixei para reservar a hospedagem muito em cima do laço (em outubro) e só consegui pousadas menores, com preços já exorbitantes (550 reais a diária), visto a lei da oferta e procura. Logo, procurei a menos pior e cheguei até a Pousada Colibri. O grande problema é que as fotos nos enganaram, além delas, fotos, não terem cheiro. A pousada deixava muito a desejar. O grupo ficou meio em chocado... Mas, paciência, já tínhamos pago 2.200 reais por casal para ficar 4 dias....

Logo, o que combinamos foi... Ficar o mínimo de tempo na pousada e aproveitar o que Ilha Grade tem de melhor... a Natureza e suas belas praias.

Deixamos as malas no quarto e lá pelas 18h fomos caminhar pelo centrinho de Abraão, um dos vilarejos cm maior infraestrutura da Ilha.  Batermos perna para ver os preços do passeios. Chegamos até a parar e assistir parte de uma missa.



Lá pelas 20h fomos jantar. Pegamos um restaurante panorâmico bem agradável, com preço justo e bom atendimento. Ficamos por ali umas 3h, afinal, voltar para pousada pra que?


Lá pelas 23 regressamos para pousada. Eu e Dani fomos dormir. Otto e Sabrina ficaram na Internet.
E tinha mais.... Dani e eu acordamos lá pela 1h da manhã com um casal botando sol e jogando baralho. Estava insuportável. Tive que pedir pra eles baixarem o som (atenderem sem problema). Voltamos a dormir..... Enquanto isso, Otto e Sabrina dormiam como pedra, sempre acompanhado de seus comprimidos de Lexotan.


Era isso por hoje. O tempo ainda está feio na região... Nublado e com chuva. Amanhã vamos começar a desbravar Ilha Grande.

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