O salar do Uyuni possui 12.000 Km2 de extensão e está a 3.650m acima do nível do mar. É a maior reserva de sal do mundo, bem como uma das maiores fontes de Lítio do Planeta. Estima-se que ele possui 100 milhões de toneladas de sal, das quais menos de 25 mil são extraídas anualmente.
Da superfície para baixo são mais de 2 metros de sal (daqui vem os blocos para os hotéis de sal). Depois destes 2 metros, tudo abaixo da superfície é água. O salar se formou depois que, a mais de 40 mil anos, o lago Michin secou, deixando apenas o sal em sua superficie.
Mas, para os turistas, o que impressiona é a beleza deste lugar. Natureza pura, intocada, com a impressão que vc não está na terra, pois perde-se a linha do finito. Ou seja, no meio do salar vc só consegue ver a junção dele com o céu. Uma mistura de branco e azul (Os avaianos não podem ler isso).
Mapa do salar do Uyuni (veja que existe outro - Coipsasa)
Depois da introdução, vamos os passeios do dia.
Primeiro Passeio: Cemitério de Trens : Uyuni é um importante centro no que diz respeito ao transporte ferroviário , pois sua localização é um entroncamento de diversas linhas de trens. O cemitério está localizado a 2,5 km do centro de Uyuni O ferro-velho tem dezenas de locomotivas a vapor antigas e muitos vagões destruídos por acidentes e os descarrilamentos (que são freqüentes na Bolívia).
Dizem que casais locais , não casados , costumam usar os vagões antigos , para encontros e fazer algo proibido , às escondidas.
O Rocco, filho do Teo (meu cunhado), que adora trens, iria se esbaldar aqui.
Trens abandonados
Trens abandonados
Trens abandonados e eu também
Segundo Passeio: Povoado de Colchani : Antes de entrar no salar existe uma comunidade (descendentes de índios) que vive de artesanato e também de trabalhar na extração de sal. São menos de 700 pessoas. O lugar serve para vc comprar lembrancinhas de sal e apreciar as mulheres produzindo roupas com Lã de Alpaca e Lhama.
Povoado de Colchani
Povoado de Colchani (estavam caras)
Povoado de Colchani (India e Turistas)
Povoado de Colchani (artesanato local)
Terceiro Passeio: Extração de Sal : Paramos no local onde os nativos de Colchani trabalham na extração de sal. É algo bem artesanal mesmo. Eles raspão o sal e forma pequenos montes. Depois, outro grupo chega e joga para dentro da carroceria de um caminhão. Coisa bem higiênica, por sinal. O local é ideal para iniciar a jornada pelo salar.
Montanhas de Sal
Montanhas de Sal
Eu prestando apoio aos trabalhadores locais
Caminhão que carrega o sal. Está em bom estado, certo?
Caminhão que carrega o sal.
Blocos de Sal para construção
Contemplação
Quarto Passeio: Hotel de Sal e Monumento dos Turistas: Já próximo do meio dia paramos num dos vários hotéis de sal existente no salar. Este aqui estava meio caído. Mesmo assim, valeu a visita. Algumas agências reservem o interior do hotel para fazer suas refeições, claro, em mesas, cadeiras, etc, tudo feito de sal.
Hotel de sal ao fundo
Vejam os blocos de sal na paraede
Mesa de sal
Na frente do hotel há um espaço para os turistas ficarem suas bandeiras (países, times de futebol, etc). Legal ver a bandeira do Brasil por lá.
Monumento e os motoqueiros (chegaram em mais de 30)
Monumento dos Turistas
Nossa bandeirita
Deste ponto em diante já é possível começar a fazer fotos no meio do salar, com a borda do finito ausente
Eu no sal
A menina da frente vai segurar os dois de fundo
Mais fotos dimensionais
Quinto Passeio: Ilha dos Pescados: Depois de andar aproximadamente 30 minutos deserto adentro, chegamos a este local fantástico. Aqui meus conceitos de ilha foram para o espaço, ou seja: um pedaço de terra cercado por água por todos os lados. Poderia ser assim: um pedaço de terra cercado por água ou sal por todos os lados.
Ilha dos Pescados
Ilha dos Pescados
Sal... Este pedaço estou levando pra casa
Os cactos centenários( crescem de 1 a 2cm ao ano)
Os cactos centenários
Os cactos centenários - 900 anos
Doi mesmo
Antes do nosso almoço fomos dar uma volta na ilha (gente, a 3.600m acima no nível do mar, o pulmão não funciona direito... Tem que se caminhar 3 minutos e parar 2....
Volta a ilha
Caverna... Sinal que por aqui já passou água... Imaginem, esta ilha era submersa
Cactos e o infinito
Já passava das 13:30 quando fomos almoçar. Nosso guia/motorista trouxe uma marmita que continha arroz, salada e frango a milanesa (claro, tudo congelando...rsss). Porém, sobre uma mesa de sal.
Mesa de sal
Almoço congelante
Tivemos espaço também para algumas fotos antes de partir
Quem é vc?
Eu no sal
Muito chão pela frente
Muito chão pela frente
Sexto Passeio: Vulcão Tunapa: O objetivo era chegar mais perto do vulcão que, segundo o guia, ainda estava “trabalhando”, ou seja, soltando fumaça. Pena que estava nublado e não foi possui ver este fenômeno.
O vulcão estava encoberto por nuvens
Nosso carro e o vulcão
Dragão e eu
Eu e o Dragão
Dragão
Motorista tirando fotos para os turistas
Eu segurando o carro
Fotografo na palma da mão
Já passava das 17h quando regressamos para a cidade de Uyuni. Pegue as malas do hotel e fui até empresa de turismo TODO. Meu ônibus partiria as 20h para La Paz. Deixem as malas lá e fui atualizar o blog. Porém, sem muito sucesso. A velocidade era péssima.
Pessoal, foi isso por hoje. Um dos pontos altos do passeio foi desbravado. Era muito mais do que imaginava. Fico pensando que se os Bolivianos tivessem condições (infraestrutura) para receber os turistas, com bons aeroportos, hotéis, agências de viagens, guias etc, este lugar seria um dos pontos mais visitados do Planeta. Ou será que tudo deve ser mantido assim em prol da preservação?
Abaixo consegui tirar uma foto semelhante a que eu havia visto em meus estudos e que me motivou a vir até aqui... Vejam que a linha da superfície se cruza com o céu. Ou seja, vc não tem noção do restante do mundo....Amanhã estarei em La Paz.
Cade o resto da terra?
Qual a explicação para tanto sal?
ResponderExcluirAi já foi mar algum dia?
A Bolívia e o Paraguai são os únicos países da América do Sul que não são banhados por algum oceano. Logo, o Salar do Uyuni não tem a ver com mar. Na verdade, o salar já foi um grande lago pre-histórico chamado Minchin.
ExcluirOs lagos salgados formam-se onde não existe escoamento natural ou onde a água se evapora rapidamente, ficando apenas sais minerais (entre eles o sal). Exemplos destes lagos são o Mar Cáspio, o Mar de Aral e o Mar Morto.
Cara... traz um pote desse sal aí pra fazermos um churrasco temperado com ele.
ResponderExcluirJá tá na mochila. Só que é 5 vezes mais salgado do que o sal usado na cozinha, que passa pelo processo de refinamento.
ExcluirGrande Zero....
ResponderExcluirViagem e fotos continuam excelente!
Cuidado apenas pra não ficar com a pressão alta com tanto sal!
Abraços!!!
Zero, ontem fiz mais uma M. Esqueci de levar protetor solar e óculos. Estou com a careca torrada e com as vistas vermelhas. Lá no deserto de sal tudo reluz.
ExcluirE olha que a Dani colocou tudo isso dentro de uma sacola.
Valeu...
Que lindas as fotos do sal.
ResponderExcluirUsado como bloco pra construção!?
Hummmmmmmm...
Careca torrada???
Gargalhadas!!!
Sim Lu, usado como bloco para construcao. Já começou a descascar a careca.... aff
ExcluirEntão amigo...encontrasse o teu paraíso com tanto sal...kkk
ResponderExcluirEstamos adorando as fotos e os comentários...que maravilha!
Abraço,
Paulo e Denise
Paulo e Denise, q bom ver vcs por aqui. A viajem esta muito boa mesmo. Estou na metade. A partir de hoje deixo de estar sozinho. Dani, Otto e Sabrina se juntam a mim no Peru, para 8 dias de aventura.
ResponderExcluirUm abraço.
Estou maravilhada com essas fotos. Vontade de me arriscar numa dessas.
ResponderExcluirErika, não tenha medo. Planeje e encare. O sufuco vale a pena.
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