7º. Dia – Deixando o encanto de lado - De Uyuni para a pobre La Paz,

LINK para 8º DIA

LINK para 6º DIA

Pessoal, estive aqui pensando e acho que as fotos e relatos do blog talvez não consigam traduzir a beleza que passei nestes dois dias no Sul da Bolivia (Sud Mipez + Salar Uyuni). Tenho muito material filmado em alta definição. Porém, esto fica para terceira parte da viagem, a que eu chamo de Documentação Final (produção de videos + fotos). As duas outras são: Planejamento e Execução.

Mas, para não deixar vcs sem esta noção da beleza do lugar, segue abaixo uma matéria que saiu este ano pelo Globo Repórter. Tem um vídeo bem legal

http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2013/01/maior-lago-de-sal-do-mundo-e-unico-ponto-brilhante-visto-do-espaco.html

Antes de começar o 7º dia, necessário falar sobre minha odisseia que foi viajar de ônibus de Uyuni para La Paz. Foram 12h de buzão. Saí as 20h do dia 12/06 e cheguei as 08h de 13/06. Pessoal, vcs não tem noção da noite de cão que passei. Foram mais de 730Km de viagem, sendo que mais de 450Km sem asfalto algum. É chão batido puro, com aquelas cocurutas que faziam os passageiros trepidarem no banco. Além disso, tenho quase certeza que onibus estava sem amortecedor (não é possível bater tanto).

O pior de tudo foi ainda receber uma marmita de janta somente com macarrão com molho, ambos super gelados.  Deixei a bandeja no chão e fui obrigado a recorrer para os meus pacotes de bolacha e chocolates.

Ao final, devo ter dormido, ao todo umas 5h (sim, dormir 15m, acorda, dorme mais 30m, acorda, etc).
O tempo não passava e a coluna doendo. Que tortura!!! Mas, ficou barato em função de tudo que o Sul da Bolívia pode me oferecer.

PS: Hânn. Lembram da marmita de macarrão? Coloquei no chão e, a noite, com troca de posição dos pés, ao me levantar, na chegado do Ônibus a La Paz, tinha macarrão por todo o lado. Usei uma tática básica para não ganhar uma bronca do pessoal da empresa de ônibus  Joguei o cobertor por cima. Deve ter ficando uma meleca só. Bem feito pra eles. Onde já se viu servir macarrão frio?

Pegadinha, não era nada disso.

 Pegadinha, não era nada disso.

Cheguei a Bolivia com uma chuva tremenda. Na noite anterior foi a pior chuva do ano. Teve inclusive neve.  Peguei um taxi e fui até um hotel que eu havia procurado na noite anterior. (Hotel Gloria). É um dos melhores da cidade, custa 50 U$ a diária. Merecido, em função de tudo que havia passado na noite anterior.

Hotel Gloria

Depois de tomar um banho e fazer a barba, fui atualizar os blogs atrasados. Aqui a internet é super rápida.
Dormi também 1h e, lá pelas 12h, levantei para bater perna pelo centro de La Paz.

Gente, vcs não tem a ideia de como esta Capital é feinha. Pior ainda do que Assunção, do Paraguai. Há ambulantes por todos os lados, carros e vans buzinando sem parar. Lixo e água escorrendo pelas ruas. Olha, para quem conhece Cidade Del Leste, no Paraguai, é mais ou menos assim. Em resumo, está explicado porque a Bolívia é o País mais pobre da América do Sul. Uma pena, visto que o povo é super acolhedor.

Ruas em ladeiras e a favela lá no fundo

 Muita muvuca e comerciantes informais

Dá uma olhada neste ônibus?

Mesmo assim, La Paz merecia meu respeito. Então, fui conhecer a Plaza Murillo. O personagem aí foi um revolucionário Boliviano que foi morto no local pelos espanhóis. Gostei também de outro individuo retratado na praça, Gualberto Vilarroel, que também morreu no lugar. A frase dele esculpida sobre sua estátua é muito interessante. Além disso, o que impressiona é a quantidade de pombos que tem na praça.

Plaza, com Revolucionário Murillo ao centro

 Plaza e o pombos

 Ex Presidente Gualberto Vilarroel

 Olha que belas palavras

Na mesma praça é possível ver a Catedral. Não gosto muito quando um monumento grande fica escondido entre árvores e outros monumentos. Foi o caso da Igreja.

Catedral um pouco encoberta

 Eu, os pombos e a Catedral

Ao lado da Catedral tinha dois guardinhas fechando a unica passagem da Igreja. Fui até lá e perguntei se poderia entrar, dizendo que Jo soy Argentino, amigo. Não é que eles me deixaram entrar? Lá dentro não era a entrada da Igreja e sim o mausoléu de mais um revolucionário. Desta vez, Marechal Andrés de Santa Cruz. O cara fez muita coisa pela Pátria. Vejam:

Mausoléu do Marechal Santa Cruz

 Olha as batalhas que o cidadão venceu?

 Os guardinhas, amigos do Hermano Argentino

Por fim, ainda na praça, tinha o Palácio Legislativo. Fiquei observando o lugar. Só carrão e magnata saindo e entrando. O que achei meio esquisito foi duas bandeiras muiti-coloridas. A primeira sabia que era da Bolívia. Mas, a outra, parecia da "diversidade" (Com todo o respeito aos os meus amigos mais chegados nas colores do arco-iris).

Palácio e as bandeiras

 Bandeira da Bolivia

Já passava das 13:30h quando almocei um SubWay para não me complicar com a comida Boliviana. Lá pelas 14h fui bater perna na maior rua do centro da cidade - Calle do Comércio (é um calçadão). Que muvuca.

Calle do Comercio

 Alunos de uma escola na Calle do Comercio

Andei mais alguns metros (sempre devagar) e cheguei a Igreja de San Francisco, construída em 1549. Para variar. ela também estava fechada. Será que os Padres daqui estavam de greve?

Igreja de San Francisco, mais uma que não dá para fotografar bem

 Igreja de San Francisco, mais uma que não dá para fotografar bem

 Bolivianas na frente da Igreja

Depois disso, havia lido um blog sobre compras em La Paz.  http://trekkingbrasil.com/compras-na-bolivia-la-paz/. Decidi seguir as dicas do blogueiro Mario Neri. Ele estava completamente certo. Parabéns.

Comecei com a Calle Sagarnega e achei varias lojinhas vendendo blusas de lã de alpaca por módicos R$ 30,00. Comprei duas. Uma pra mim. A outra é segredo.

Local para compra de roupas locais

Andei mais um pouco se cheguei na Calle Illampu. Também encontrei jaquetas de marcas famosas (The North Face) por míseros R$ 70,00. Comprei uma (também é segredo).

Local para compra de equipamentos para frio e montanhismo

Mais uma caminhada (com subida íngreme e as pernas batendo - aqui estamos a 3.600m acima do nível do mar) cheguei a Calle Eloy Salmon. Realmente, é o lugar dos eletrônicos. Os preços, de modo em geral, estão entre 20% a 30% mais baratos que no Brasil. Um TV Sony Led 42" Full HD saía por R$ 1.500,00.
Porém, não levei nada, não cabia na mala.

Eletrônicos é nesta rua

Já passava das 17:30h quando comecei a regressar para o hotel. Olhei de longe a a porta estava fechada. Gelei!!!!. Foi aí que me dei conta que, na rua do hotel, estava acontecendo uma passeata. Pelo que entendi, eram camponeses da cidade de Copacabana protestando sobre uma decisão da Justiça (não sei o que era). Tinham o o apoio da Igreja. Muito legal escutar aquelas máximas dos protestos latinos, como por exemplo:
 Justiça! Vergonha! Si, Se Puede! O Pueblo, Unido, Jamás Será Vencido!

Manifestantes campesinos (camponeses)

 Campesinos (dentro destes sacos nas costas das mulheres vai uma criança, que loucura!!)

 Do outro lado, apoiando, o pessoa da igreja. Não entendi porque não estava juntos.

Subi ao hotel e comecei a arrumar a bagunça da mala... E os protestantes lá, cantando, soltado foguetes... Só terminaram por volta das 20:30h.

Pessoal, era isso por hoje. La Paz não é lá esta coisas. Mesmo assim, merece ser conferida. Amanhã vou subir em um mirador aqui para mostrar para vcs que a cidade fica espremida entre dois morros, ao grande estilo de  favelas do Rio de Janeiro. Logo após, parto para Lima, Peru, onde encontrei a Dani, Otto e Sabrina.

LINK para 8º DIA

LINK para 6º DIA