terça-feira, 15 de outubro de 2019

3o. Dia – Aparthied, Madela e um pouco mais de Joanesburgo.


Acordei bem cedo hoje. 6.30h (fuso horário ainda fazendo diferença). Tomei café rápido e parti para as atrações. No dia de ontem planejei bem para aproveitar o dia, analisando lugares pertos, horários de abertura, local para estacionamento, etc. Desta forma, o dia fui muito produtivo.

Vou publicar o blog de hoje descrevendo as atrações visitadas e as notas para os locais:

Gandhi Square: Talvez seja o coracão da cidade. Tem esse nome em homenagem ao ativista político e pacifista indiano Mahatma Gandhi que viveu em Joanesburgo por mais de vinte anos e defendeu a minoria hindu durante o Apartheid (os caras também foram descriminados). Do lado da praça fica o predio mais alto da Africa inteira. (Top Of Africa), além de uma espécie de terminal de ônibus. 
Não achei a região segura. Nota 5






Mining District: É uma região que sedia escritórios de algumas das maiores empresas de mineração do mundo, de outras grandes corporações e prédios históricos. É também um museu ao ar livre que retrata a história e o legado da mineração na África do Sul. Tem jardins e canteiros bem cuidados. Além de uma escultura de veados (bambi) bem legal (munhoz, essa é pra ti SaoPaulino). 
Uma caminhada tranquila e despretenciosa. Nota 6





FNB Stadium: Também chamado de Soccer City, foi um dos estádios que receberam jogos da Copa do Mundo de 2010. Aqui foi realizada a abertura e partida final da Copa. Foi aqui também que Nelson Mandela fez seu primeiro discurso para multidão, depois sua liberação da cadeia em 1990. O Estadio tem aparência moderna. Mas, é pouco utilizado. Pena que as visitas só acontecem nas 5ª feiras. Tem capacidade ára 95 mil pessoas.
Nota 7 (só por estar fechado).




Museu do Apartheid: Museu dedicado a contar a história do terrivel sistema de discriminação (Apartheid = Separação) racial que se tornou um marco da África do Sul de 1948 (quando o Partido Nacional, da minoria branca, foi alçado ao poder) até 1994, o ano em que o país teve suas primeiras eleições totalmente democráticas e que Mandela venceu.



Talvez um dos melhores museus que já visitei. Extremanete organizado e didático. Na real o passeio é do tipo 2 em 1: Tem a história do Apartheid e uma galeria só para contar a tragetória de Nelson Mandela.

Ao subir a rampa para entrar no museu, vc se depara com uma serie de vitrais com fotos de pessoas comuns. Bem legal para refletivas. Olha eu ai nelas.






O toour começa com você recebendo um ticket bem criativo. Vc é sorteado e poderá entrae PELO LADO DOS BRANCOS ou PELO LADO DOS NAO BRANCOS (Tem os Hindus - Gandhi, Malaios, além de negros). Eu recebi dos BRANCOS. Gente, a entrada é algo estarrecedor. Vc vai entrando em um corredor com grades e um monte de gente morta ou desaparecida durante o regime (apenas a foto e identidade são mostradas), além de uma música de fundo bem triste. Pesado!!! 





Dai você é conduzido a entender a história do Regime, que na real começa lá atras, com a chegada dos brancos a região de Joanesburgo (vindos de Cape Town) em busca de ouro.  O auge acontece com a chegada do Partido Nacional ao poder. Aqui a historia é parecida com o Nazismo. Os brancos se julgavam uma raça superior e não queriam que o negros, por exemplo, frenquetassem os mesmos ônibus, lojas, escolas, faculdades. Nao era possivel homem e mulher negra fazerem sexo com brancos, entre outros tipos de barbaridades.

O clima era tao tenso que mais de 1.000 pessoas TROCARAM DE COR  durante o regime, no que foi chamado de CHAMELEONS (camaleões)


Voce vai entrando no museu e lendo e escutando as historias. De arrepiar. O pior de tudo é que muitas pessoas morreram de 1948 a 1994. Muitos enforcados, torturados e com tiros  durante as revoltas.





Na parte do passeio que fala sobre Mandela, é possivel ver as multi facetas deste LIDER SUL AFRICANO. (Camarada, Lider, Prisioneiro, Negociador e Politico) . Uma aula de como uma pessoa que ficou 30 anos preso em funcao deste regime e, ai ser solto, teve a friesa de não se vingar dos brancos. Alias, seu objetivo era ter uma nação IGUALITARIA.






Aqui uma escultura bem legal. Vc olha de longe a vê o rosto do Mandela. Mas, quando chega perto, são apenas pequenos pedaços de ferro.


  




Gente, é um passeio bem triste. Porém, ao final, você sai com a impressão de  que o bem venceu o mal.  Que existe  esperanca para que Africa do Sul se torne uma grande nação. 
Nota 9,5, apenas poderia ter um audio guia eletrônico em outras lingas para quem arranha o Ingles como eu.

Soweto: Significa (South Western Townships, ou "Bairros do Sudoeste"). Antigamente era uma bairro de Joanesburgo, criado para alojar os negros. Hoje, já é uma cidade desde 1983. Ficou conhecida na época do apartheid por ser foco de resistência anti-racista e de protestos dos negros contra a política oficial de discriminação racial. Uma destas manifestações mais importante foi violentamente reprimida pela polícia em 16 de Junho de 1976, passando à história como o Massacre de Soweto. A partir desta data o mundo começou a dar atenção a esta causa, culminando com a soltura do Mandela e de eleições livres em 1994.

Meu passeio aqui era conhecer as casas de 2 pessoas laureadas com o “Nobel da Paz”. Nelson Mandela e Desmon Tutu. Decidi fazer o passeio sozinho (mesmo sabendo que o bairro é um pouco violento). Estacionei o carro e dois flanelinhas vieram atras de mim para pedir gorjeta. Dai eu disse a eles que só daria se eles fizessem um TOUR comigo pelas ruas de Soweto. Fechamos !!!


Começamos pela principal rua do local – Vilakazi Street (alias, deve ser a rua mais importanmte do mundo pois os 2 cara do Nobel da Paz moravam aqui). Pelo caminho, muitas cores. Alem disso, tem um museu de cera do Mandela bem legal.
Legal você caminhar com os nativos. Um passeio diferente. Nota 7,5.














Sobrou tempo para comer comida tradicional Africana. Pena que as coisas parecem que são meio doce (polenta, feijão), além da carne ser bem apimentada. O que salvou foi a sobremesa.




Casa de Nelson Mandela: A casa fica na rua Vilakazi, número 8115. Mandela viveu aqui entre 1946 a 1962.
Depois de bem sucedido, Mandela doou a casa ao Soweto Heritage Trust (do qual ele foi o fundador)
em 1 de setembro de 1997, para ser administrada como um museu.
A casa é bem pequena, 1 sala, 1 quarto e 1cozinha. Varios objetos seus ainda estão por lá, com destaque para as homenagens que recebeu de diversos Paises do mundo. 
Vale a visita, apesa de sempre vem cheia. Nota 8









Casa de Desmond TutoEle é um arcebispo da Igreja Anglicana consagrado com o Prêmio Nobel da Paz em 1984 por sua luta contra o Apartheid.  A casa dele hoje está fechada. Segundo meus “guias” ele não aguentou o fama da rua (na verdade o barulho e o comercio da região, depois que soweto ficou famosa e tuiristica)  depois da libertação de Mandela e os premios Nobel. 
Nota 6, só pra dizer que esteve aqui.





Memorial Hector Pieterson: Ele foi um garoto sul-africano de 12 anos morto e carregado nos braços de um desconhecido, ao lado de sua irma,  que fugia da carga policial durante os confrontos ocorridos em Soweto, durante a época do Apartheid. Esta foto correu o mundo e ajudou a pressionar o Governo Sul Africano. No local da tragedia foi comnstruído um memorial e um museu.  Não entrei no museu. 
De arrepiar, Nota 8. 





Torres de Soweto: Estas torres geraram energia para a região de soweto por mais 50 anos.  Hoje funciona apenas para abrigar um esporte radical. Bang Jump. Além disso, é o “maior mural da África do Sul”, todo pintado a mão. Mas, como estava em horário de almoço, desisti de saltar (Hehehe).






Já passando das 16h, cheguei no aeroporto bem cedo.  Meu voo saiu as 20:40h. Deu tempo para entregar o carro, fazer o blog e comer. Nesta 4a feira já estarei em CapeTown.


Era isso galera. Otimo dia. Bem proveitoso!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário