domingo, 24 de junho de 2018

14ª dia – Um tempo na Copa para curtir a histórica Berlim

No planejamento da viagem, entre o 2º e 3º jogo do Brasil, teríamos 4 dias disponíveis para aproveitar, já que, para nós, Moscou e St Petersburgo traduz um pouco do que é a Russia.

Pesquisamos algumas cidades próximas a St Petersburgo, como Helsinque, Estocolmo e Oslo. Porém, os preços das passagens estavam muito caras. Encontramos uma barbada entre St Peter – Berlim – Moscou por 500 reais. Logo, colocamos Berlim (Alemanha) no roteiro da viagem.

Bem, na noite anterior, decidimos deixar as malas grandes no nosso hostel (em St Peter) e ir para os próximos 6 dias de viagem com mochilas (atoladas – 10kg), pois nosso voo de volta vai sair de St Peter. Levantamos cedo – 5h da manhã e partimos para o aeroporto.




O voo saiu no horário (7:45h) e chegamos em Berlim lá pelas 10:15h (2:30h de voo). Eu já conhecia Berlim de outra trip que fiz para Europa em 2009. Então, estava em casa (rsss). Pegamos o ônibus e fomos para o centro da cidade. Nosso hotel fica bem perto da AlexanderPlatz.  As 11:30h já tínhamos feito chekin (no melhor hotel da viagem – Uffa, chega de hostel) e saímos para desbravar Berlim. Ficamos quase de frente para a Prefeitura da cidade – Rotes Rathaus


Almoçamos pela região e as 12:15h já estávamos subindo a Torre da TV - Fernsehturm , um orgulho da Alemanha Oriental, construída em 1969,  no auge da cortina de ferro.  São 365m de atura. O elevador sob a 6 m/s. Lá de cima é possível ver a cidade toda, com localização e comentários das principais atrações.








Descemos e fomos dar uma passadinha na AlexanderPlatz e seu relógio que mostra as horas das principais cidades do mundo, se vc der uma volta inteira nele, sempre com a torre da TV ao fundo.


Por volta das 13:15h partimos para o Portão de Brandemburgo, o único que sobrou dos 14 que cercavam a cidade, com o objetivo de marcar a entrada e saída da cidade. No topo a escultura da Quadriga – Rainha da Vitória.





Aqui no Portão embarcamos num tour free guiado de 3.30h pelas principais atrações da cidade.

Aqui um parênteses antes do passeio. Gente, uma Aula de História. Fico pensando como a gurizada daqui é privilegiada de estudar a história tendo como exemplo sua própria cidade. Antes de iniciar o Guia (Andres – Argentino gente boa) nos deu explicações sobre reis, imperadores, 1ª guerra mundial; Nazismo; 2ª guerra mundial; divisão da Alemanha pós guerra; guerra fria; muro de Berlim; queda do muro. No final, ele falou.... Agora vamos caminhando e eu vou mostrando as atrações e fazendo relação com as épocas que eu expliquei para vocês. Imperdível estes passeios guiados.


Bem, começamos com a Pariser Platz, bem na frente do Portão de Brandemburgo. Na real, é uma espécie de praça para tirar um sarro de Napoleão, pois, aqui, ele perdeu uma batalha e alguns soldados ficaram presos.


Depois fomos para o Memorial do Holocausto (Memorial aos Judeus Mortos da Europa – foram  mais de 6 milhões), uma grade área, quase 19 mil m2. O monumento consiste de 2.711 blocos de concreto cinza escuro, distribuídos em fileiras paralelas sob uma superfície ondulada. Estes blocos não contém nenhum texto, nome ou foto. Os blocos variam de 0,2m até 4,8 metros.
Muitos dos caminhos formados também são ondulados, o que para algumas pessoas causa a sensação de instabilidade. E parece que de fato esta foi a intenção do arquiteto, que no texto do projeto descreveu que os blocos foram desenhados “para produzir uma atmosfera confusa e intranquila, e toda a escultura visa representar um sistema supostamente ordenado que perdeu o contato com a razão humana”. E eu ainda não entendi o que o artista quis representar com isso...



Caminhamos mais um pouquinho e chagamos até onde tinha um Bunker (antigos túneis projetados para proteger os nazistas de bombardeios). Segundo o guia,  foi aqui que Hitler se matou, quando soube que a menos de 500 metros os Soviéticos estavam para invadir o recinto.


E fomos caminhando e chegamos até o prédio da SS (Polícia de Estado Nazista). Aqui todas as decisões eram tomadas. Na parte de baixo, já depois do fim da 2ª guerra, na era da Guerra Fria, o socialismo era venerado nas paredes.




Na sequência chegamos em uma das partes do Muro de Berlim que ainda está de pé. O muro foi uma barreira física construída pela República Democrática Alemã (Alemanha Oriental - socialista) durante a Guerra Fria, que circundava toda a Berlim Ocidental (capitalista), separando-a da Alemanha Oriental (socialista). Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: República Federal da Alemanha (RFA), que era constituída pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos; e a República Democrática Alemã (RDA), constituída pelos países socialistas sob jugo do regime soviético.


O muro ficou de pé de 1961 a 1989. Separou muitas famílias. Muita gente foi presa e morta tentando atravessar o muro (mais de 600). Ele tinha mais de 155 Km de cumprimento e contava com mais de 300 torres de observação. De arrepiar a experiência!!!






Depois andamos por um museu a céu aberto chamado de Topographia do Terror, que mostra como foi criado ao Partido Nacional Socialista Obrero e sua ascenção na Alemanha, culminando com a criação da SS, GESTAPO e todas as atrocidades que foram cometidas.






E seguímos caminhando até chegar ao local chamado Chek Point Charlie. Aqui era um ponto de passagem da alemanha capitalista para socialista. Só pessoas autorizadas passavam por aqui. Ficou famoso porque, neste local, num dado momento, quase teve inicio a III guerra mundial.




Mais uns passinhos e chagamos até a BabelPlatz. Aqui os partidários de Hitler queimaram milhares de livros de bibliotecas e de pessoas contrarias as suas ideologia. No meio da praça tem um memorial no subsolo.... Nada mais que prateleiras de uma biblioteca branca, sem nenhum livro. Show...




Passamos ainda por um museu que presta homenagens as mães de soldados alemães mortos nas guerras. No meio do museu apenas uma estátua de uma mãe com um filho colo.... De arrepiar!!!





Já passando das 18:30 chegamos até as Catedral Domo da cidade. Uma linda igreja, com cúpulas verdes. Pena que não podia entrar no seu interior.



Já passava das 19:15h quando optamos por não voltar pro hotel. Mas sim procurar um lugar para comer e ver o jogo da Alemanha 2x1 Suécia. Achamos uma praça de alimentação toda ornamentada para atrair pessoas para ver o jogo. Pedimos um prato legal e ficamos tomando cerveja....






Pensamos que seria uma grande festa.... Nada, que povo frio. A Alemanha começou perdendo e ninguém falava nada. Um túmulo.... Apenas o Lucas deu um grito no gol da Suécia (e eu um chute por debaixo da mesa). Terminou o primeiro tempo e decidimos voltar pro hotel e ver o jogo na cama. Vimos os alemães virar o jogo. Que turma de sorte!!!! Devem pegar o Brasil na 2ª fase.

Galera, era isso por hoje. Que dia bem aproveitado. Uma verdadeira aula de história pelas ruas de Berlim.

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