domingo, 22 de maio de 2016

15º dia – Ultimos momentos em Cartagena e regresso ao Brasil.



Hoje vamos fazer dois posts num só. 14º e 15º dia.

Conforme relatado no post anterior, saímos da Colon em Direção a Cartagena no dia 20/05 as 16h. Porém, tivemos que regressar a Colon depois de percorrido 4h para deixar um passageiro que estava muito mal (dizem no navio que ele chegou morto no Panamá). Logo, ficamos de molho no navio.

 
Com este atraso, ao invés de chegarmos as 11h do dia 21/05 em Cartagena, chegamos por volta das 16h. Para desembarcar e chegar no hotel levamos mais uma 2h. Ou seja, perdemos umas 7h do dia 21/05. Só nos restou contemplar a chegada de Navio a Cartagena, sempre avistando a cidade nova e seus arranhas céus, num belo dia de sol.






Chegamos ao hotel, agora na cidade nova – bairro Boca Grande, e fomos tomar banho. Por volta das 20h, partimos para nossa despedida da cidade amuralhada.

Caminhamos pelas ruas estreitas que estavam com muito movimento, afinal, era sábado à  noite  e fizemos algumas compras numa feirinha bem na Praça do Relógio (A Sabrina e Otto iriam adorar os badulaques).


Lá pelas 21:30h decidimos voltar ao restaurante Crepes e Waffles que havíamos gostando (estivemos aqui no início da viagem). Pedimos dois crepes (bolonhesa e camarão) e, na sequência, mais um Wafles da casa. Novamente estava muito bom. Recomendo.




Já passando das 22:30h, fomos até um local que havíamos quadros imitação do Botero (pinta os gordinhos de uma maneira bem peculiar) e compramos dois. Tem um quartinho lá em casa que carece de uma repaginada. 

 
Regressamos a hotel e fomos dormir lá pelas 23:30h.

Já no dia 22/05, acordamos lá pelas 8:30h. Tomamos um big café e fomos conhecer a cidade nova. Nosso hotel era na frente da praia de Boca Grande, assim como nosso quarto.



Caminhamos pela praia lá pelas 9h. Gente, já estava fazendo 30 graus. Muito calor. Quanto as praias, nada demais, para quem veio de praias do Caribe com aguas verdinhas e areia branca.  Aqui parecei algo semelhante a Santos ou Balneário Camboriú.






Caminhamos mais um pouquinho e chegamos na praia de El Laguito. Também, nada demais.


Lá pelas 10h, com o sol queimado, regressamos para o hotel e caímos na piscina.




Subimos para tomar banho e partir para o aeroporto, pois nosso voo era as 13:30h. Chegamos cedo e deu tempo para almoçar tranquilo. O voo chegou a Bogota as 15h.

Partimos para São Paulo as 21:30h, horário local (no Brasil, 2h a mais) e chegamos bem, as 3;30h da manha (5:30h no Brasil)

Agora são 7:30h e estou terminando o ultimo post da viagem. Vamos chegar em Floripa lá pelas 9:30h da manhã desta 2ª feira.

Pessoal, era isso. Estamos terminando mais esta viagem. Os primários 7 dias foram de correria (conhecer Bogotá e Cartagena). Os últimos 7, descanso no navio. Valeu muito a pena. A Colômbia e o Caribe têm seus encantos.   

Em nossa memória ficaram vários bons momentos, alguns deles, retratados abaixo.
Um grande abraço a todos.

 Bogotá - Museu Botero
  Bogotá - Cerro Monteserrat
  Zipaquirá - Catedral de Sal
  Zipaquirá - Catedral de Sal
 Cartagena - Por do Sol
  Cartagena - Por do Sol
  Cartagena - Pelas Ruas
   Cartagena - Pelas Ruas
   Cartagena - Castelo de San Felippe.
 Cartagena - Playa Blanca
  Cartagena - Playa Blanca
  Cartagena - Playa Blanca
 Curaçao - Playa de Kenepa Grande
 Curaçao - Playa de Caos Abao
  Curaçao
 Aruba - Playa de Palm Bech
  Aruba - Playa de Boca Catalina
 Aruba
 Canal do Panama
 Canal do Panama
 Cidade do Panamá - Parte Nova
 Cidade do Panama - Parte Velha

sexta-feira, 20 de maio de 2016

13º dia – Canal do Panamá - Primorosa obra de Engenharia.


Para quem está acompanhando o blog, vou pular do 11º para o 13º dia, visto que o 12º dia foi apenas de navegação entre Aruba e Colon (Panamá), ou seja, regime de engorda e muito descanso (acho que nunca descansei tanto como nesta viagem de Cruzeiro).

Bem, chegamos a Colon (porto de entrada no Panamá pelo Oceano Atlântico) as 7:45h. O dia fora do navio estava previsto das 8h às 15:30h.


Como alternativa de passeio tínhamos:

1 - Ficar na Zona Livre de Colon (preços de venda sem impostos), bem atrativos, principalmente para perfumes/cremes/maquiagens e eletrônicos

2 - Ir até a cidade do Panamá e visitar o Canal e suas Eclusas.

Optamos pela opção 2, visto que nossas viagens dificilmente tem o caráter de compra. Quase sempre escolhemos o conhecimento.

Primeiramente é preciso conhecer um pouco o território do Panamá para entender porque aqui foi construído o Canal do Panamá. De uma extremidade a outra (terras entre o oceano atlântico ao pacifico são aproximadamente 88Km. Aqui é a menor distância das Américas entre estes dois Oceanos. Anteriormente, para cruzar dos EUA, por exemplo, para o China, era necessário dar a volta lá pelo fim da América do Sul (estreito de Magalhães). Este trajeto demorava muito, além de ter muitos custos envolvidos (combustível, comida, tripulação, etc). Logo, pela menor distância entre os mares, o Panamá ganhou a Sorte Grande.


Ou seja, fizeram um rasgo de mais ou menos uns 78km entre os oceanos para que os barcos pudessem passar. 


Porém, para fazer todo este trabalho, demorou anos. Começou em 1881 pelos Franceses que abandonaram o serviço por causa das dificuldades que era abrir espaço numa mini selva. Morreram muitos trabalhadores por causa de doenças transmitidas pelos insetos (as chamadas doenças tropicais). Em 1904 a obra foi retomada pelos Americanos que a concluíram em 1914.


Voltando ao blog, só conseguimos sair do navio as 8:30h (fila). Quase todo o navio queria ir às compras na Zona Livre. Procuramos um taxista e acertamos um passeio de 6h por 55 dólares por pessoa. Fomos só nos dois.


Chegamos a Eclusa de Miraflores (já na Cidade do Panamá – capital), por volta das 9:45h; Pegamos uma fila de uns 20 minutos para deixar um trem de carga passar. (Sério, era uns 300 vagões. Não acabava mais);




Antes, vamos tentar explicar o que é uma Eclusa. Os oceanos estão ao nível do mar (zero metros de altitude). No entanto, entre eles, temos: terras, vales, montanhas, rios. Em resumo, a altitude aumenta. Desta forma, o canal foi construído tentando nivelar os terrenos. Porém, em alguns lugares isso não foi possível. Assim, para pegar um navio de 100 metros de altitude para 150 metros, era necessário um elevador. E isso é uma Eclusa, um elevador hidráulico numa espécie de caixa de cimento com 2 portas gigantes de ferro que se abrem e fecham pra conter ou vasar água, e fazer com que uma embarcação possa subir ou baixar de altitude. Vejam abaixo:



Quando chegamos na Eclusa, estava passando um Navio que vinha do Pacifico para o Atlântico. O navio saiu de uma altitude super baixa e foi jogado num rio com uns 30 metros mais alto. Vimos todo o processo. Fantástico. Demorou menos de 15 minutos para ele cruzar esta Eclusa.







O Navio para sair de um oceano e chegar no outro (lembra, 90 Km), demora em torno de 8h a 10h. De carro, levamos mais ou menos 1h.


Alguns dados importantes sobre o canal:
- Uma eclusa tem 33 metros de largura,  304 metros de cumprimento e 12 metros de profundidade (casco do navio)
- São necessário 100 milhões e M3 de água para encher a eclusa
- Por dia passam, em média, 38 barcos no canal
- Já passaram mãos de 1 milhão de barcos por aqui desde 1914
- O preço da passagem depende do tamanho do barco. O mais caro custa 400 mil dólares.
-  Panamá passou a ser um pais “rico” em comparação a diversos outros da América.





Ficamos em torno de 1h em Miraflores (aqui era necessário umas 4h). Já passando das 10:45 seguimos em direção a Cidade Nova, já no oceanos pacifico.


Aqui dá para se ver como a cidade cresceu em função do Canal. Diversos Prédios novos e grandes empresas estão por aqui. Até Donald Tramp tem um prédio na cidade, além de um novo campo com o nome de Maracanã.







Por volta das 12h fomos conhecer o centro histórico - Casco Antiguo. Gente, muito bem cuidado o local. Restauração por todos os lados. Parecia Cartagena (só que mais limpa e sem ambulantes). Vale a pena investir uns 3 dias por aqui;














Saímos do Pacifico para o Atlântico (cidade do Panamá para Colon) já passando das 13:15h, quando uma tempestade caiu na cidade. Ficamos preocupados em chegar a tempo no Navio. Mas, o taxista nos tranquilizou. Só chove por aqui; se andarmos mais 20 KM, vai ter sol. Dito e feito. Chegamos em Colon por volta das 14:15h, com tempo ainda para fazer umas comprinhas na Zona Livre (uma espécie de Cidade del Leste - Paraguai, mais arrumadinha).



Regressamos ao Navio já passando das 15:30h. Havia uma fila imensa (uns 500 metros). Todos com sacolas nas mãos. O calor estava insuportável.
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Entremos no navio as 16h e fomos lanchar, afinal, na correria nem deu tempo de almoçar direito (passamos a base de frutas e bolachas). Depois fomos ao quarto para descansar.
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Por fim, para fechar a noite, depois de ter navegado por 4h de Colon para Cartagena (o trecho todo leva 18h), o Navio teve que regressar para Colon porque uma pessoa estava passando muito mal e precisava de cuidados médicos avançados (no navio há apenas médicos e enfermeiros para primeiros socorros).
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Voltamos a Colon, já por volta das 21h, deixamos o passageiro, e regressamos a navegar rumo a Cartagena, sem saber ao certo nosso horário de desembarque (antes era 11h de sábado).
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Sorte nossa que a passagem de volta de Cartagena para Floripa está marcada para este domingo. Havia muitas pessoas com passagens compradas para sábado à tarde (o rolo estava grande no balcão de informações).
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Pessoal, era isso por hoje. Valeu muito a pena ter conhecido o Canal do Panamá. Uma aula de história e engenharia.