Cartagena não tem lá grandes atrações, como museus, teatros, arenas, praias paradisíacas, etc. No entanto, tudo isso é compensado por uma cidade histórica super bem conservada. Aqui a prefeitura ajuda neste aspecto. Imagine isentar o pagamento do IPTU da casa com a melhor fachada decorada de uma determinada rua?
Sm, acontece aqui. Por isso os nativos se esforçam para
deixar as casas num brinco só, multi-colorida e com flores na varanda. Quem ganha
com isso são os turistas. Passear pelas ruas, sem destino, parando em cafés,
restaurantes e observando as construções históricas, sem dúvida, é o melhor programa em Cartagena. Vejam
só:
Bem, depois desta introdução,
vamos ao que fizemos no dia de hoje.
Acordamos e tomamos um belo café
no Hotel Dom Pedro de Heredia. Uma bela surpresa, bem no coração da
cidade, com um preço super justo.
Por volta das 8:30h saimos para
andar pelas ruas (calles), Paramos primeiro na Plaza Fernandez de Madrid. Uma pracinha nova. Nada muito
interessante, a não ser pelos restaurantes ao redor.
Andamos mais um pouco e chegamos
no final da cidade, onde foi possível caminhar por cima da muralha e ver o oceano
atlântico.
Mais uma caminhada e estávamos na
Plaza San Diego. Bem colorida, aqui deve ser um fervo a noite. Tem um
restaurante boate que toca ritmo caribenho.
Já passando das 9:30h e com o sol
escaldante, já fora da cidade murada, caminho em direção ao monumento Índia
Catalina, uma figura indígena super importante na história da Colômbia, visto
que ela se relacionou com o conquistador Espanhol, Pedro de Heredia, que, mais
tarde, veio a fundar a cidade de Cartagena.
Depois caminhamos pelo bairro Getsemani, uma localização que, antigamente, abrigava os escravos negros trazidos da África que ajudaram a construir a cidade de Cartagena. Novamente as casinhas coloridas são um show, além da Igreja de Trinad. Dizem que a noite aqui é loucura total.
Eram 10:30h e decidimos voltar
urgente para o hotel e pegar uma piscina, visto que o calor estava infernal.
Antes, paramos para tirar fotos da Cidade Nova, Centro de Convenções e os
Cavalos Alados - Pegasus, dos molhes de Cartagena (bem legal), além de ingressar na cidade
murada pelo seu principal caminho – Torre do Relógio
Chegamos no hotel encharcados.
Subimos, pegamos uma toalha e fomos curtir um pouquinho da nossa enorme piscina
de borda infinita. Ali conhecemos dois casais de Brasileiros e combinamos
alguns passeios juntos.
Por volta das 14h decidimos
almoçar. Na sequência, uma atração bacana e diferente da cidade é o Museu da
Inquisição.
Aqui um Parênteses sobre este
assunto. Na minha santa ignorância, achava que a Inquisição (espécie de
controle instituído pela Igreja católica no começo do XIII com o objetivo de
investigar e julgar sumariamente pretensos hereges e feiticeiros, acusados de
crimes contra a fé católica, que durou quase 600 anos ) só havia ocorrido na
Europa. Que nada. Quando os espanhóis
colonizaram as américas, criaram 3 Tribunais de Julgamento, chamado - Santo
Oficio, na cidade do México, Lima e Cartagena. Morreu muita gente aqui na
América.
O Museu da Inquisição não contem
grandes “equipamentos de tortura” para demonstração. No entanto, por intermédio
de explicações nas paredes e quadros, contam em detalhes o que foi esta
barbárie. Contratamos um áudio guia que nos auxilio no percurso. Parece que foi
por intermédio desta ação, que a Igreja
Católica adquiriu parte da fortuna que hoje ela tem, pois, simplesmente por uma
pessoa ser denunciada e ir a julgamento pelo Santo Oficio, seus bens já
passavam para as mãos da Igreja. Um passeio
indicado.
Já passando das 16h decidimos
subir ao Castelo de San Felipe de Barajas. Construído em 1536 foi um forte
estratégico para proteger Cartagena - naquela
época, uma cidade que guardava ouro e materiais valiosos que eram levados para
Espanha, dos invasores (piratas, corsários, outros países). O Castelo é a maior
obra militar
espanhola
construída no Novo Mundo.
Contratamos um guia e partimos
para tour. Gente, baita pedida um guia local. Os caras contam em detalhes. O Castelo
é uma obra instigante de Engenharia. Os mínimos detalhes foram projetados para
defesa.
Imagina ter diversos tunes de
acesso de boas-vindas aos invasores, tudo no escuro, onde a altura do túnel ia
aumentando e diminuindo e, no teto, pontas de pedras para escalpelar os
invasores?
No chão, colocavam outras pedras
para “quebrar” as canelas de quem por ali passava. Por fim, haviam grutas de
recuo no meio dos tuneis para guardas que ficavam escondidos, vendo os inimigos
passarem e cortando suas gargantas. (sim, fizemos o testes.... quem está na
gruta enxerga ... quem está passando, não.)
Ficamos no castelo até seu
fechamento, 18h. Na sequência, regressamos novamente para casa visando um
descanso.
Já por volta das 21h decidimos
sair para jantar num restaurante Argentino Marzola que havíamos visto pela manhã. Muito
bem decorado e com ótima comida. Pedimos uma parrilla a base de bife de
chorizo e morcilha) junto com um vinho Malbec de Mondoza. Top.
Hoje foi o dia que dormimos mais
tarde... Por volta das 23h.... Valeu a pernada do dia..
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