Para quem vai ler somente este post, lembro que ontem (sábado - 16.09.17) a turma dos Rampinellis (Otto, Sabrina, Dani, Renata e Dorian) partiram de regresso para Floripa, com parada em Buenos Aires (sábado e domingo).
Minha jornada solito começou hoje. Acordei cedo. Tomei
café as 6.15h e as 6.45h já estava na Estrada. O dia ainda estava escuro. De El
Calafate para Torres del Paine são 357 Km. Poderia ser 90 Km a menos, pois
existe um atalhado pela Ruta 40. No entanto, as informações davam conta que
esta estrada de ripio (chão batido) estava em mal estado e só era aconselhado
seguir com carro 4x4. Como eu estava de Fiat Pálio 1.0, não me aventurei.
O dia amanhecendo parecia que iria
abrir. Um sol tímido lá no horizonte se engrassava.
Fui andando numa estrada reta sem
fim, com a vegetação de estepa por todo lado (tipico da região – são plantas
baixinhas, estilo de deserto, visto que o chão é rochoso e nada cresce aqui). O
sol parecia que estava abrindo. A estrada estava em ótima conservação
Fiz uma parada na cidadezinha de Esperança
para abastecer, lá pelas 8:45h. Afinal, depois daqui, só em Porto Natales
(Chile). Completei o tanque (carro com bom rendimento – uns 15 KM/L).
No caminho vi uma lagoa toda
branca e dei uma parada. Lá no Horizonte
já surgiu o maciço Torres del Paine entre
nuvens.
O percurso certo, em rodovia toda
asfaltada, iria até RioTurbio / Porto Natales / Torres Del Paine. Porém, li nos
blogs que tem uma estrada de ripio de uns 15km chamada Cancha Carrera que leva até a fronteira. Passei pelas duas aduanas (Argentina e Chilena) já passando das 11:15h. O lado do
Chile era bem mais estruturado e com os atendentes de melhor humor. Porém, o
tempo estava muito nublado e chuvoso.
Após cruzar as fronteiras, são mais 90Km até
chegar ao portão de entrada principal (porteira Laguna Amarga) de Torres Del
Paine .
Antes de falar sobre o que eu fiz
à tarde, vamos a uma pequena explicação do que é o Parque Nacional Torres del
Paine.
Ele está localizado entre as montanhas dos
Andes e as estepes patagônicas. É muito grande – mede 245 mil hectares. Aqui tem
de tudo. Montanhas florestas, rios, lagos, cachoeiras, desertos, geleiras e as
3 torres que dão nome ao Parque. A altidude vai de 50m a 3.000m. O problemas
grande é a variação do tempo. Muito vento e chuva aparecem num mesmo dia, intercalando
entre com sol. É considerado pela Unesco como uma reserva da Biosfera. Em
resumo, um local quase intocável que atrai muito gente do mundo todo,
principalmente os amantes do trecking .
Meu objetivo neste lugar é chegar
até a base das 3 torres. Mais uma peleia daquelas do estilo do ataque que
fizemos na semana passada ao Cerro Fritz Roy, em El Chalten. Alias, a formação das 3 torres é muito semelhante ao Fritz Roy. Só o tempo vai me impedir de buscar a base destas montanhas.
Bem, já passando das 12h comecei
a percorrer os pontos de interesse do Parque. Olhem o mapa ai.
A primeira parada fui no Lago Sarmiento de Gamboa, o maior da
região.
Segui caminho. Por todos os lados
havia Guanacos. Eles se metiam no meio da pista. Tive que ficar ligado.
A segunda parada fui na Lagoa Azul. Havia lido que daqui se
tinha uma ótima vista paras 3 torres. Porém, com o dia nublado, nada feito.
A terceira parada foi na Cascata Paine. Uma bela cachoeira.
Depois fui até a Portaria da
Laguna Amarga para fazer o cadastramento de entrada no Parque. É cobrado o valor
de 11 mil pesos chilenos (55 reais), na baixa temporada, para usufruir do local por 3 dias.
Pequei meu passei com orgulho....
Já passando das 14h fui para quarta
atração do dia, uma sessão de lagos com água azul turquesa.
O primeiro foi a Lagoa Laoon.
O segundo foi novamente o lago Sarmiento.
O terceiro fui o lago Lago Nordenskjold. Muito top, com as montanhas Los Cuernos ainda sobre nuvens.
O quarto fui o Lagoa Melissa.
Já passando das 15h, cheguei na
Cafeteria Pudeto, para tomar um café com sanduiche (almoço do dia). No lado, o
mais bonito dos lagos - Penhoe. É
daqui que saem os barcos para Paine Grande e o acesso ao Glaciar Grey.
Caminhei um pouco mais até a Cachoeira Salto Grande. Gente, aqui fez
muito vento. Devia estar uns 80km por hora. Chegou a levantar estes 90kg aqui de puro musculo.
Ao fundo, o belo lago Penhoe.
Já passando das 16h comecei a
fazer um percurso de 1h para ver os Los
Cuernos (uma cadeia de montanha que enfeita a parte de traz das 3 torres).
Andei uns 40 minutos para tentar tirar uma foto boa e nada prestou... Tudo
encoberto e com muito vento. Desisti na metade do caminho.
Por volta das 17h comecei a
voltar e procurar minha hospedagem. Estava longe, quase 60km.
Cheguei na Hospedaria Fantastic Sur - Torre Central já passando das 17:45h. Me surpreendi positivamente. Bem estruturado, com calefação, agua quente. Os quartos são compartilhados. Peguei um casal de Japoneses. Tinha até internet. Porém, a um preço de 20 reais 1h hora (facada).
Descansei um pouco e tomei um
banho quente para relaxar. O dia foi tenso. Sol, chuva, fronteira, estrada de
ripio, guanacus na pista e o pior, as
torres encobertas pelas nuvens. Lá pelas 20:30h comecei a fazer o
blog do dia.
Coisa linda Zero!!
ResponderExcluirTomara que o clima ajude amanhã!
Abss